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"Island Time", quero voltar para a ilha

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“As ilhas são workshops naturais de evolução”, Richard Dawkins

 

Se já viveram ou passaram tempo numa ilha, provavelmente tiveram a oportunidade de experienciar aquilo a que muitos designam de “Island time”. Acabei de regressar dos Açores e já estou a sentir saudades da sensação do relógio a abrandar.

 

Existem muitas referências a “Island time” e são muitos os que estão cientes do encanto que as ilhas exercem. O mais interessante é que o termo não tem ligação a um espaço físico, ou seja, parece que esta característica é intrínseca à vida numa ilha independentemente da sua localização. Trata-se, essencialmente, de um estado de espírito, ao ritmo a que fazemos as coisas e a um tempo bem passado.

 

É fácil perder a noção do tempo quando estamos rodeados de uma sensação de tranquilidade e calma. As ilhas podem ser a fonte de uma lição importante para o mundo moderno – como desligar da agitação quotidiana. Será que conseguiremos importar “island time” para o nosso dia a dia? Como poderemos introduzir mais atividades onde perdemos a noção do tempo, nas nossas rotinas?

 

A importância deste estado de espírito não é apenas a satisfação, é também a capacidade de alcançarmos a produtividade máxima, essencial para as organizações e para o desenvolvimento pessoal.

 

Quando um indivíduo se encontra no estado de fluxo, é capaz de realizar uma tarefa em imersão, sentindo energia, prazer e foco. O psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi desenvolveu a teoria do estado de fluxo, também chamada de estado de flow.

 

Quando se comparam os conceitos, existe uma zona de interseção, pois essencialmente estamos a pensar em atividades que trazem felicidade.

 

Algumas componentes do estado de fluxo são a sensação de tempo distorcido, concentração e foco na atividade, perda do sentimento de autoconsciência e a sensação de que a atividade em si é recompensadora.

 

Não podemos estar sempre em fluxo ou na “ilha”, mas como nos poderemos inspirar para a nossa rotina? Vou usar o período de férias para tentar implementar um conjunto de rotinas. Vou alocar dois dias por semana exclusivamente para tarefas importantes e desafiadoras, mas que me dão satisfação para tentar criar momentos de fluxo. Vou bloquear mais momentos para atividades não programadas e isentas de horários.

 

Vou introduzir mais momentos de divertimento que são essenciais para a criatividade. E gostava de dedicar, pelo menos um dia por mês, a “viver na ilha”, ou seja, tentar passar mais tempo a contemplar o oceano, porque deve haver algum motivo pelo qual todas as ilhas têm este efeito benéfico em nós.

 

Artigo publicado no Jornal Económico.

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