Do problema da falta de competitividade das empresas já todos ouvimos falar, que temos um índice de produtividade reduzido, que o valor das nossas marcas é baixo, que o alcance mundial dos nossos produtos e serviços é limitado.
Nos tempos atuais, o paradigma do novo conhecimento supera a maioria dos paradigmas tradicionais de educação/formação, visando a aquisição de competências para o desenvolvimento de líderes e gestores competitivos. Esse cenário vai além do tema em voga da Inteligência Artificial, apesar de esta ser uma força disruptiva que está a transformar rapidamente o ambiente empresarial.
O paradigma do conhecimento, junto com o dos saberes e da sabedoria, constitui um desafio contínuo. A literatura aponta que a modernidade desafiante é fundamentada cada vez mais na confiança da razão, essencial nos valores e práticas que parecem efémeros na era digital. A razão, central na Teoria do Conhecimento de Kant, emerge como elemento unificador num mundo fragmentado, trazendo esperança de prosperidade.
A formação de líderes e gestores hoje deve incorporar a razão como constituidora de sentido, enfatizando a importância de uma relação transformadora com a Natureza e o desenvolvimento social. Competências analíticas e holísticas são exigidas para enfrentar os novos tempos, em que líderes devem integrar conhecimentos culturais e técnicos, superando a intuição tradicional.
A eficácia de um líder no contexto empresarial atual depende de um conjunto diversificado de competências, que vão além da gestão. Compreender fenómenos sociais e tecnológicos e decidir de forma informada é crítico para solidificar e alavancar empresas. O lifelong learning é crucial, pois as verdades em gestão e estratégia mudam rapidamente, exigindo líderes capazes de integrar e motivar equipas multiculturais e multigeracionais. A transformação digital, acelerada pela Inteligência Artificial, exige que líderes compreendam e integrem essas tecnologias. Programas como o Artificial Intelligence for Value Creation, no ISEG Executive Education, permitem aos líderes adquirir uma compreensão estratégica da tecnologia, resultando em transformações organizacionais. A sustentabilidade, impulsionada por legislação e exigências dos consumidores, é outra área crítica. Líderes devem encontrar oportunidades para assegurar compliance e vantagem competitiva, como promovido pelos diferentes programas que temos na área da Sustentabilidade, que vão desde a visão estratégica até à operacionalização que possibilita responder às exigências legais.
Soft skills são fundamentais para inspirar e mobilizar equipas. O Strategic Leadership Program, em parceria com a Columbia Business School, proporciona aos líderes uma experiência de autoconhecimento, potencializando as suas características e as das suas equipas. Jovens líderes devem procurar continuamente mais conhecimento e formação, desenvolvendo uma dimensão humana que compatibilize visão e motivação.
A recente acreditação EQUIS conquistada pelo ISEG, que se junta às acreditações AACSB e AMBA e nos coloca na elite da escolas Triple Crown, e a posição no top 40 mundial da formação de executivos pelo Financial Times, reconhecem o trabalho em preparar líderes que prosperem em ambientes complexos e interconectados.
O compromisso é moldar gestores que liderem com visão, integridade e impacto positivo, através de uma oferta educativa inovadora e de alta qualidade.
Em última instância, exige-se uma visão ampla de negócio e felicidade organizacional e social, criando uma sociedade de bem-estar e felicidade organizacional. Assim, líderes e gestores devem desenvolver competências que, além de técnicas, abrangem o desenvolvimento pessoal e a capacidade de criar equipas motivadas e eficazes.