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Em entrevista à Executive Digest, Francisco Velez Roxo, CEO do ISEG Executive Education, discute os principais desafios e oportunidades na formação executiva, ressaltando como o crescimento da economia portuguesa em 2023 tem impulsionado a procura por programas. As áreas de digitalização, data science, inteligência artificial, liderança e gestão de equipas estão no topo das prioridades das empresas.



P:
A economia portuguesa foi das que mais cresceu em 2023, entre 27 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Ao nível da formação individual e também por parte das empresas têm sentido uma maior procura de programas face ao comportamento económico?

R: Sim, sem dúvida. O crescimento da economia portuguesa em 2023 trouxe uma confiança renovada às empresas e profissionais ainda que numa perspectiva q.b. O que se reflecte na procura por programas de formação executiva. No ISEG Executive Education, temos observado um aumento importante e um comportamento positivo propício para o investimento no desenvolvimento de competências. As empresas estão focadas em aproveitar o crescimento para se fortalecerem, expandirem e inovarem. A formação contínua, principalmente em áreas estratégicas e em algumas dimensões operacionais, é assim vista como uma alavanca essencial para capitalizar as oportunidades que algum crescimento económico proporciona.

P: Atendendo a este contexto, o que perspectivam para o segundo semestre do ano ao nível da formação individual e por parte das empresas?

R: Para o segundo semestre de 2024, esperamos que a procura na formação executiva continue a crescer. As empresas cada vez mais conscientes de que para se manterem competitivas num contexto e mercado global em rápida transformação, consideram que é crucial investir no desenvolvimento dos seus líderes e das suas equipas, especialmente em áreas que estão em forte evolução. Liderança, digitalização, sustentabilidade. Para além do mais, a nível individual, há uma maior consciência da necessidade de formação contínua para garantir a realização pessoal, a empregabilidade e o crescimento profissional. No ISEG Executive Education, prevemos um aumento na procura dos programas que combinem a aquisição de novas competências com a aplicação prática. E desafios à inovação.

P: Que áreas e que temas estão a ser mais procurados? Quais os temas em expansão e de contração?

R: As áreas mais procuradas actualmente incluem a digitalização, data Science e inteligência artificial, liderança e gestão de equipas, temas que reflectem a necessidade crescente das empresas em adaptar-se à permanente transformação em contexto digital. Além destes aspectos, temas como a sustentabilidade, inovação e liderança em tempos de incerteza, também têm tido uma procura elevada, reflectindo como as organizações procuram formas de se diferenciar e crescer de maneira inovadora e responsável. As organizações em geral e as empresas em particular, estão interessadas em programas que ofereçam uma perspectiva inovadora (estratégica e operacional), adaptada aos desafios actuais e futuros.

P: Qual o papel das escolas de negócio para ajudar os empresários a fazer face aos desafios da competitividade, inovação e internacionalização no contexto das actuais cadeias de valor globais?

R: Numa era de transformação rápida, as cadeias de valor globais exigem uma abordagem ágil e inovadora. As escolas de negócio ajudam os empresários a identificarem oportunidades, antecipar tendências e desenvolver estratégias robustas para expandir os seus negócios a nível global. Através de programas orientados para a prática e com uma forte componente internacional, preparamos os líderes para navegarem com sucesso num ambiente cada vez mais complexo e competitivo. As escolas de negócio, como o ISEG Executive Education, desempenham assim um papel crucial (no caso do ISEG desde há 113 anos) no fornecer os “quadros de referência” e as “ferramentas” para desenvolver o conhecimento necessário para que os empresários enfrentem os desafios da competitividade, inovação e internacionalização com serenidade e acção pragmática em rede.

P: As empresas estão mais focadas em temas que permitem melhorar a competitividade? Tais como data e inteligência artificial, digitalização, tomada de decisão e inovação? 

R:
As empresas estão cada vez mais conscientes da importância de áreas como data Science, inteligência artificial, e digitalização para manterem e melhorarem a sua competitividade. Estes temas estão claramente no topo das prioridades das organizações em especial as maiores), pois permitem não só optimizar processos internos, mas também criar novos modelos de negócio e ofertas inovadoras. A tomada de decisão baseada em dados, aliada à capacidade de inovação, torna-se um diferencial competitivo essencial. E que no futuro de curto e médio prazo são ainda mais críticos face a algum contexto de instabilidade política e de conflitos internacionais. No ISEG Executive Education, temos ajustado a nossa oferta formativa para responder a estas necessidades, preferências e exigências, oferecendo programas que capacitam os líderes e os profissionais a integrar estas “novas tecnologias” e abordagens nas suas estratégias empresariais

P: Segundo um estudo divulgado, da Associação Business Roundtable (ABR) e da consultora Deloitte, se os 194 mil jovens licenciados que saíram do País entre 2012 e 2021 regressassem a Portugal, isso melhoraria as perspectivas da economia portuguesa em diferentes aspectos (o pib cresceria 0,65 pontos percentuais).
Qual a vossa opinião sobre o tema e o papel das escolas de negócio para a retenção do talento em Portugal?

R:O tema da retenção de talentos é um desafio significativo para a economia portuguesa. Acreditamos que as escolas de negócio têm um papel crucial na retenção de talento, proporcionando programas de formação avançada que criem oportunidades atractivas para os jovens profissionais em Portugal. O ISEG Executive Education está comprometido em oferecer formação que não só responde às necessidades do mercado nacional, mas que também dota os talentos com as competências necessárias para competir a nível global. O que não pode deixar de acontecer sem a grande colaboração das empresas e do estado. Promovemos, neste quadro, iniciativas que ligam os nossos alunos a redes empresariais e oportunidades de carreira em Portugal, incentivando-os a aplicar o seu conhecimento e inovação no
contexto nacional.

P: Consideram que é absolutamente crítico para as escolas de gestão posicionarem-se no mercado internacional e serem um  polo mais atractivo para estudantes internacionais?

R: Sim. Tal é absolutamente crítico. E no caso do ISEG Executive Education, a inclusão entre as 40 melhores escolas de gestão do mundo em formação executiva (pelo prestigiado ranking do Financial Times) e facto de sermos parte do restrito grupo de menos de 1% das Business Schools do mundo com a “Triple Crown” de acreditações (AACSB, AMBA e EQUIS), são reflexos do nosso compromisso com a excelência e com posicionamento global de melhoria contínua. Estas conquistas ajudam- -nos a atrair talentos e parceiros internacionais e a criar um ambiente de aprendizagem multicultural, que enriquece a experiência de todos os nossos alunos e amplia 0 impacto das nossas formações.
Nota final: “A aprendizagem ao longo da vida” foi uma proposta apresentada por um “Livro Branco” que consagrou o ano de 1996 “Ano Europeu da Educação”. 0 objectivo fundamental era a procura de uma solução positiva no debate sobre desemprego na Europa e de uma situação em que a actualização dos conhecimentos profissionais se devia tornar um imperativo para todos. Passados quase 30 anos sobre esse momento está na hora de “pintar o livro” com novas cores europeias face ao que se passa no mundo, mas sobretudo sobre o que se pode vir a passar a curto e médio prazo. 

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